
Custo-benefício: Viajar no Brasil é caro ou não comparado aos EUA?
Desde os tempos do Brasil colônia temos uma cultura que valoriza tudo aquilo que vem de fora em detrimento das nossas riquezas culturais: a música, a literatura, o cinema – tudo o que vem da Europa ou dos Estados Unidos é visto como sendo superior àquilo que temos em terras tupiniquins. Infelizmente, quando falamos de turismo, o cenário ainda não é muito diferente, e muitas pessoas acreditam que viajar no Brasil é caro demais.
Mas, será que esse conceito faz sentido? Será que vale mais a pena passar suas férias no exterior do que conhecendo tudo aquilo que o Brasil tem a oferecer? Para ajudar você a decidir o destino da sua próxima viagem é que elaboramos esse material. Aqui você vai conhecer um ponto de vista diferente do mainstream e, com sorte, poderá tirar suas próprias conclusões. Acompanhe!
Viajar é preciso
Durante a maior parte da História da humanidade, viajar era quase um imperativo biológico. Como nômades, viajávamos atrás de caça, comida e abrigo. Depois, com o surgimento da civilização, viajávamos atrás de terras mais favoráveis onde pudéssemos construir novas comunidades. Não tardou até que o homem desbravasse os mares atrás de riquezas e especiarias. Mas e hoje? Será que em um mundo completamente integrado e global viajar ainda é tão necessário?
A verdade é que viajar continua sim necessário, e talvez hoje mais do que nunca. Quando viajamos, expandimos nossa mente, alargamos os horizontes do nosso universo, não só fisicamente, mas também, e sobretudo, culturalmente.
Em tempos como os que vivemos, em que cada vez mais se fala em aceitação de culturas, revisão de mentalidades e aceitação de tudo aquilo que é diverso, diferente do familiar, é viajando que podemos nos tornar pessoas melhores.
Ao nos depararmos com culturas diferentes, estamos na verdade nos deparando com uma forma diferente de enxergar o mundo, com problemas e soluções diferentes das nossas. Essas visões de mundo diferentes estão impregnadas em todos os lugares: na comida, nas roupas, na forma de se dirigir às outras pessoas, na maneira de interagir com os espaços, nas gírias e expressões peculiares de cada povo, de cada região.
E, depois de uma viagem, o turista atento traz na bagagem muito mais do que lembrancinhas e fotografias: traz um sopro de ar novo para sua vida, uma forma nova de enxergar os outros e a si mesmo.
O impacto do turismo na economia
Além de toda a transformação cultural que o turismo causa no visitando e nos hospedeiros que o recebem, ele também traz um grande impacto econômico.
Tente lembrar da sua última viagem. Você certamente se hospedou em hotéis, pousadas ou albergues, fez compras, pagou passagens de ônibus ou metrô, andou de táxi ou de Uber, foi a restaurantes, museus, parques e praias. Em cada uma dessas ações, e em muitas outras, você deixou um pouco do seu dinheiro ali. Esse dinheiro ajuda a impulsionar os comércios locais, incentiva empreendedores que, por sua vez, pagarão tributos e impostos ao governo sobre esse lucro.
Você, com uma simples viagem, acrescentou dinamismo àquela microeconomia. Imagine então o que um fluxo constante de turistas é capaz de fazer por uma localidade, gerando emprego e atraindo investimentos.
Assim, quando alguém diz que viajar pelo Brasil é caro, com certeza não está levando em conta todas as dinâmicas econômicas e sociais que são acionadas a partir do turismo.
Quando se opta por viajar para fora do país, como para os Estados Unidos, todas essas movimentações econômicas passam a acontecer lá fora, desde o incentivo à geração de emprego e renda até o recolhimento de impostos que, em última instância, serão revertidos em benefícios à população.
Além disso, embora a economia nacional comece a ensaiar os primeiros sinais de melhora, o turista que se aventura fora do país ainda tem que lidar com um câmbio desfavorável, com moedas como o dólar e o euro muito valorizadas em relação ao real.
Impacto social do turismo
Além dos incontáveis impactos econômicos, o turismo também pode gerar mudanças sociais em comunidades locais. Essa é a proposta do turismo social, uma modalidade que vem ganhando cada vez mais adeptos ao redor do mundo e dentro do Brasil.
O turista social, além de conhecer pontos turísticos e paisagens paradisíacas, reserva parte de seu tempo para contribuir com as comunidades carentes locais, engajando-se em projetos através dos quais é possível devolver para a cidade um pouco do carinho recebido, deixando um rastro de mudança positiva por onde passa.
Para conhecer mais sobre turismo social, entre em contato com uma agência especializada e faça parte dessa mudança!
Hospedagem facilitada
A tecnologia invadiu nossas vidas de uma forma inegável, para o bem ou para o mal, e com o turismo não foi diferente. Sites e aplicativos reúnem pessoas do Brasil e do mundo e criam uma comunidade de turistas ávidos por novas experiências e por conhecer a verdadeira cultura local, muito além dos pontos turísticos.
Sites de hospedagem compartilhada ganham o mundo e possibilitam que você encontre a melhor opção para sua viagem, sem ter que ficar refém do serviço muitas vezes impessoal de um hotel, mas sem abrir mão de sua privacidade, como muitas vezes acontece nos quartos coletivos dos albergues. É possível reservar desde quartos em apartamentos até chalés maravilhosos e cabanas à beira mar, com instalações que podem acomodar desde um viajante sozinho até um grande grupo de amigos.
Outra opção de hospedagem que vem ganhando muito espaço, sobretudo no exterior, é o couchsurfing. Essa expressão, que significa “surfar no sofá” é usada por mochileiros em todo o mundo para referir a prática de alugar um sofá na casa de alguém na cidade que você deseja visitar.
Couchsurfers por vezes costumam retribuir a hospedagem não apenas com dinheiro, mas também com refeições típicas de seus locais de origem, possibilitando uma troca cultural que não acontece em hospedagens tradicionais.
As muitas possibilidades dentro do Brasil
Com seis principais zonas climáticas, o Brasil, sendo um país de dimensões continentais, oferece uma imensa variedade de belezas naturais aos seus turistas: do calor úmido da maior floresta equatorial do mundo às praias paradisíacas do litoral nordestino, passando pela Mata Atlântica e pelas cachoeiras de Foz do Iguaçu. Até mesmo regiões tradicionalmente pouco valorizadas, como o semi árido, podem se mostrar de grande valor turístico, revelando belezas inauditas aos olhos mais atentos.
Toda essa vastidão geográfica, aliada à nossa história de acolhimento e miscigenação de povos, faz com que cada região, além de suas belezas naturais, também seja palco para povos os mais diversos, cada um com sotaques, roupas, gírias e comidas diferentes.
No Pará se pode comer o tradicional tacacá e, dentro do mesmo país, no Rio Grande do Sul, degustar chocolates finos e um tradicional churrasco no espeto com chimarrão.
Como você viu, o conceito de que viajar pelo Brasil é caro não retrata bem a realidade do nosso turismo, que tem muito a ganhar e a oferecer com sua visita. Mas, independente do destino escolhido, o mais importante é que você respeite a cultura local e aprenda o máximo que puder. E se você gostou desse material, compartilhe-o nas suas redes sociais e ajude a formar uma grande comunidade de turistas nacionais!
Michel Leão 0Comentário(s)