
Aprenda o que é e como desenvolver empatia para ajudar o próximo!
A palavra “empatia” está na moda atualmente. Mas o que é empatia? De origem grega, o termo pode ser entendido como aceitação, compreensão, se colocar no lugar do outro.
Empatia é diferente de caridade, bondade ou simpatia, pois não se limita a apenas praticar boas ações. Trata-se de um olhar diferente sobre as pessoas, com a compreensão e a aceitação de suas dores e suas limitações, sem se esquecer de valorizar e incentivar seus pontos positivos.
A pessoa empática procura ajudar conforme as reais necessidades do outro — e não somente de acordo com aquilo que ela acha que é melhor. Ou seja, faça pelos outros aquilo que eles gostariam que fosse feito por eles. Esse é o truque e o diferencial da empatia.
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Desenvolvendo a empatia
A ciência afirma: a empatia é um elemento essencial para o desenvolvimento infantil. Isso porque ela promove habilidades interpessoais, uma vez que a criança sabe se colocar no lugar do outro, e, consequentemente, melhora na qualidade das relações, o que afasta problemas emocionais e comportamentais neste período tão importante da vida. Mas, se você já é adulto, como desenvolver a empatia?
Uma maneira de se fazer isso é desenvolvendo inteligência emocional. De acordo com Daniel Goleman, PhD em psicologia pela Universidade de Harvard, apenas conhecendo os seus sentimentos é que alguém será capaz de ser solidário ao sentimento alheio.
Então, trabalhe em você o entendimento de suas próprias emoções. Algumas formas de fazer isso é por meio da leitura, da escrita, da verbalização dos seus pensamentos e ao viajar e entrar em contato com si próprio.
Só buscando este autoconhecimento é que você será capaz de distinguir emoções como frustração e irritabilidade, felicidade e excitação, e, assim, por meio de um esforço consciente, colocar-se no lugar do outro.
Além disso, de acordo com pesquisa do Instituto de Tecnologia da Califórnia, outro meio de desenvolver a empatia é pela meditação da consciência amorosa, que está ligada à melhora da inteligência emocional. Segundo o Instituto, a prática tem como principal objetivo o desenvolvimento de emoções ligadas à boa vontade, gentileza e carinho, e isso auxilia no aumento da capacidade de se colocar no lugar do outro.
Tendo atitudes empáticas
Ajudar o próximo é uma atitude muito nobre, mas a empatia vai além da simples caridade. A pessoa empática costuma ser mais pontual e efetiva em suas ações, já que analisa os reais desejos e necessidades daqueles a quem pretende ajudar.
Por outro lado, a pessoa empática nem sempre espera sua ajuda ser solicitada para começar a trabalhar. Por exemplo, quando há uma grande tragédia, ou desastres naturais, como terremotos ou enchentes, logo se observam voluntários vindo de todas as partes do mundo para ajudar os necessitados, espontaneamente.
Mas não precisamos esperar que aconteça algo ruim para praticarmos a empatia. Podemos começar no nosso dia a dia, ouvindo e acolhendo, ajudando e respeitando as pessoas à nossa volta.
Procurar causas com as quais se identifica e ajudá-las também é uma característica das pessoas empáticas. Não contentes em auxiliar as pessoas em seu entorno, elas querem fazer mais pelo mundo.
Identificando pessoas individualistas
O exato oposto da empatia é o individualismo. A pessoa individualista pensa somente em si mesma e nos seus interesses, não tendo tempo ou disposição para ajudar ou ouvir os demais.
Na nossa sociedade, infelizmente, o individualismo é exaltado e incentivado. Quem nunca ouviu a frase “cada um por si”? Vemos cada vez mais pessoas conectadas em seus tablets e celulares, sem erguer a cabeça para olhar o mundo à sua volta.
Indivíduos assim perdem a oportunidade de conhecer os demais, de ajudar e também de serem ajudados, pois se tornam tão fechados neles mesmos que a aproximação tende a ser impossível. Com o tempo, tendem a se tornar cada vez mais solitários.
Não praticamos a empatia esperando recompensa ou reciprocidade. Porém, ao se abrir para o mundo e as pessoas ao redor, formamos uma espécie de rede, onde todos têm a oportunidade de acolher e de serem igualmente acolhidos.
Dando o primeiro passo, podemos servir de exemplo para os demais, construindo pontes em vez de muros. Remar contra a maré do individualismo é um ato de doação e coragem, mas a recompensa pode ser gratificante e encorajadora.
Tornando o mundo um lugar melhor
As pessoas que procuram trabalhar a empatia têm mais facilidade de se conectar com as causas em que realmente acreditam e de ir ao encontro daqueles que mais necessitam. E isso ocorre não só onde moram, mas também em outros lugares do mundo.
Não é preciso dedicar a vida inteira somente a ajudar os outros, deixando nossos interesses totalmente de lado: podemos exercer trabalhos sociais e voluntários durante as férias. Dessa forma, é possível unir o útil ao agradável.
No turismo social, temos o prazer e a emoção de viajar, de passear e de conhecer lugares e pessoas novas. Mas, ao mesmo tempo, temos a oportunidade única de oferecer nossa ajuda e nossas habilidades onde elas são mais necessárias, desenvolver a empatia e fazer a diferença nos lugares em que visitamos, espalhando o bem.
Empatia em toda parte: turismo sustentável e turismo social
O turismo sustentável, em que o visitante procura, acima de tudo, ser consciente do próximo e ter empatia com as comunidades que visita, já se tornou uma tendência. Durante suas viagens, o turista sustentável:
- não polui ou agride a natureza dos lugares, nem maltrata os animais;
- valoriza o comércio local, como pequenos restaurantes, artesãos e guias locais;
- procura conhecer a cultura das pessoas nativas;
- buscam opções e propostas diferentes de hospedagem.
Além disso, há pessoas que aliam o turismo sustentável ao voluntariado, se dedicando a ajudar quem precisa no local visitado. Esse é o chamado turismo social.
Nessa modalidade, o viajante, além do simples e puro prazer do passeio, de aprender novos conhecimentos e de estar em contato com novas culturas, pode praticar e expandir sua capacidade de empatia, se esforçando em conhecer as necessidades dos moradores e em ajudá-los.
O auxílio ocorre de maneira espontânea ou dirigida, com o turista participando de projetos voluntários — que podem ser sociais ou voltados para a preservação do meio ambiente. Há vários projetos em curso atualmente, oferecidos gratuitamente ou cobrando uma taxa dos participantes. É só escolher um e começar!
Neste artigo, aprendemos o que é empatia, alguns meios para desenvolvê-la e quais são as principais formas de praticá-la. Você gostou do conteúdo? Compartilhe com seus amigos nas redes sociais e ajude a levar conhecimento para eles!
Michel Leão 0Comentário(s)